domingo, 27 de fevereiro de 2011

Feliz Ano Novo?

Porque estamos no fim do mês de Fevereiro, eu pergunto:


-Porque acaba o ano em Dezembro?
-Se Setembro começa por “Set”, Outubro por “Out”, Novembro por “Nov” e Dezembro por “Dez”, designações em tudo semelhantes a sete, oito, nove e dez, porque são os mesmos anunciados no calendário pelos números 9, 10, 11 e 12?
-Porque acabará o ano em Dezembro e o novo começa em Janeiro. Quem decidiu isso? Qual a lógica para esse acontecimento?
-Qual a razão do ajuste dos anos comuns e bissextos ser no mês de Fevereiro, se este mês não está no fim do ano?
-Não teria mais lógica os mês de Janeiro e Fevereiro serem identificados pelos números 11 e 12 e a passagem de ano ser realizada no final de Fevereiro, sendo os tais ajustes realizados no final de ano, sendo a passagem de ano comemorada a 28 ou 29 de Fevereiro?
-Mas isto é só uma elação de alguém que não tem mais nada em que pensar!
-Meus amigos! Seja em Dezembro ou Fevereiro e apesar dos presságios para o próximo anos não serem os melhores, desejo-vos um Feliz ano 2011.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sonrisa

-“Sonrisa” é a minha palavra preferida do idioma castelhano.
-Em português diz-se “Sorriso”, cuja palavra também é de todo encantadora, mas peca pelo seu género.
-“Sonrisa” não é somente a flexão de vários músculos em redor da boca ou dos olhos é o transparecer de um sentimento de satisfação, alegria, felicidade, júbilo ou deleite, sendo uma reacção natural e inata e quase sempre impossível de dissimular.
-Na minha opinião, não haveria melhor forma de identificar um tal nobre reflexo que uma palavra no feminino, pois não há nada mais bonito que o sorriso de uma mulher!
-“Nostros hermanos” é que sabem!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Conversas


-Certo dia em casa de uns amigos, constatei com estranheza a existência de um lavatório duplo numa dos quartos de banho,  e, descortinada a razão de tal escolha arquitectónica por parte do construtor, o raciocínio mais plausível seria o facto de tal peça de mobiliário ser propensa ao diálogo enquanto se tratava da higiene, tendo então eu referido que mais falta faria ter duas sanitas, pois os humanos gastam mais tempo nas suas necessidades fisiológicas que propriamente a lavar as mãos e assim poderiam conversar por mais tempo.
-Um facto real, é que as pessoas conversam cada vez menos umas com as outras, cada um de nós vive a vida de cada qual, vive numa sociedade pouco propensa ao diálogo, ou pelo menos a conversas presenciais e orais, chegando-se ao ridículo de casais comunicarem entre eles quase exclusivamente por mensagens escritas (SMS), recados na porta do frigorifico, emails ou pior ainda… estarem dentro da mesma habitação e dialogarem pelo MSN entre computadores distintos ou então simplesmente não comunicando de qualquer forma.
-Outra coisa que acho super caricata é o tipo de diálogo que presencio no dia a dia entre pessoas que se encontram casualmente em corredores, lugares públicos ou no trabalho, não passando muitas vezes estas conversas de um “Tá-se?”, “Como é que é?”, “És o maior!”, “Tudo espeta?”, “Ganda maluco”, enfim comunicações um todo ou quase muito parecidas ás existentes num fictício “planeta de macacos” (não querendo ofender tais símias criaturas).
-Gratos se deverão sentir aqueles que têm com quem conversar, que têm alguém que oiça o que há por dizer, que escute um desabafo, que retribua e partilhe uma gargalhada, que entenda uma mágoa, que dê uma palavra de alento, que ausculte um silêncio, que empreste um ombro, uma mão, que divida um abraço, que ampare uma dor, que compartilhe uma alegria e principalmente que essa afinidade seja eterna e sincera.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Curso T.I.P.

Há uns dias atrás recebi a notícia que chegara a minha vez de frequentar uma Formação Profissional.
Nessa altura expressei o meu desagrado com a situação, pois todo o trabalho que se vem desenvolvendo diariamente não pode nem deve ser interrompido por quase três semanas seguidas, ou pelo menos assim de tão inopinada maneira.
Assim, certa manhã de Segunda-feira e com muito nevoeiro iniciaram-se as hostes para uns longos dias de palestras, apresentações, exercícios físicos e práticos, sendo alguns destes últimos em condições pouco desejáveis, tendo eu apanhado chuva, frio, pó e lama, exercitando diariamente partes da minha anatomia que há muito havia esquecido.
Foram dias repletos de situações para recordar ou assimilar factos de extrema utilidade quotidiana para a minha profissão, mas, no meu ver, o melhor foi o desfrutar da companhia de alguns colegas que não conhecia e outros que há muito não via, o relembrar histórias antigas que se julgavam esfumadas no tempo, participar em brincadeiras entre “Homens” que se sentiram novamente crianças e a camaradagem de um “todo” por um único objectivo.
Saliente-se que não passou um dia sem que houvesse almoço em confraternização, de boa gastronomia lusitana, acompanhada de bom tinto e finalizada com monumentais sobremesas super calóricas, que me fazem olhar de esguelha para o espelho, dando graças ao facto de ter terminado tal epopeia, pois a roupa já ia ficando apertada.
Deixo aqui um abraço sincero para todos os colegas que comigo passaram e concluíram este curso.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Gosto de acordar contigo 
Afagar a tua cabeça no meu ombro
Sentir a tua mão no meu peito
Achar-te frágil no meu abraço
Cheirar o teu cabelo
Sussurrar ‘bom dia’ ao teu ouvido
E saber que amanhã…
Vou gostar de acordar contigo

It's up to you

"by Sofia Silva"
Há muito tempo que ando a pensar nisto. Desde o ano de 2003 que tomo café sem açúcar. Neste tempo todo devo ter bebido centenas ou milhares de cafés, então porque nunca tive desconto por isso? Se o açúcar é comprado pelos comerciantes, porque não descontá-lo a quem não o gasta? E com o aumento ou especulação do momento em relação ao açúcar? Irá o café aumentar e irei mais uma vez ser prejudicado pelo meu gosto por café amargo?
-Não sendo exemplo para ninguém em relação a crenças e práticas religiosas, sou Baptizado, frequentei Catequese, fiz Primeira Comunhão, Comunhão Solene, Crisma e faltou muito pouco para ingressar num Seminário, no entanto, ao longo da vida e sem que fosse por opção voluntária fui-me tornando agnóstico, não negando de alguma forma a existência de Deus ou qualquer outra divindade, mas confirmando a impossibilidade da prova da sua existência.
-Não obstante este facto, o ambiente de locais “sagrados” como igrejas e catedrais, fazem-me sentir bem, não só pela arte que normalmente as mesmas guardam, pela construção dos edifícios, pela sua grandiosidade ou estilo arquitectónico, mas pelo ambiente que emanam, transmitindo serenidade e tranquilidade, fazendo-nos reflectir sobre assuntos e pessoas que seria impensável recordá-los noutros locais. São sítios ou espaços que nos obrigam a sentar, ver e olhar de outro ângulo as realidades da nossa vida, do nosso dia a dia, as nossas acções ou omissões, mas que principalmente nos enaltecem bons sentimentos.

Se há realmente uma coisa que me irrita é a dobragem de filmes estrangeiros em português. 
Se forem desenhos animados ainda tolero, pois são maioritariamente vocacionados para um público infantil que não sebe ler ou tem ainda dificuldade em acompanhar as falas das personagens, mas na generalidade é uma autêntica aberração.
O meu primeiro contacto com películas dobradas foi nos canais de televisão espanhola, em que se ouvem grandes actores com vozes de gramofone desafinado, perdendo toda a magia, encanto e empenho dispensado nos diálogos.
Outra coisa que as legendas tem de muito positivo é a obrigação da leitura por parte daqueles que não dominam a linguagem empregada no filme, já que, e infelizmente, talvez esta seja a única forma de o fazer no dia a dia, pois os livros, essas coisas maçudas com coisas escritas no seu interior, têm na casa do mais comum dos portugueses a única função de enfeite, adorno ou então servem unicamente para nivelar a perna teimosa de uma mesa.

Não há muito tempo, houve quem me dissesse que na vida tudo depende de uma opção, uma carreira ou carruagem que se perde, um sim, um não ou um talvez mal interpretado, coisas simples que podem alterar totalmente uma vida.
Um teste de escola mal estudado ou mal copiado que nos faz rumar a outra área de estudo; Um birra com um professor que nos atrasa irremediavelmente os estudos; Um namoro de adolescente, daqueles de amor puro e verdadeiro, que a adolescência não tem consciência que bem poderia ser para sempre, no entanto por qualquer coisa se perde eternamente, acabando-se por conhecer outra pessoa e casar com ela sem nunca saber se poderíamos ser ou não mais felizes do que aquilo que realmente somos; Um serviço militar que abre ou encerra totalmente qualquer outra porta ou carreira profissional, enfim…. um leque de opções, das quais temos que eleger uma única preferência.
Mas a idade já me ensinou que, quem semeia expectativas, colhe desilusões. Como não se pode escolher tudo em simultâneo, se houver um único caminho à nossa frente, podemos estar confiantes de que esse será o caminho certo a tomar, se o leque de expectativas for reduzido, assim também será o risco de desapontamentos, no entanto… se perdermos o pouco que deliberadamente abraçamos como objectivo de vida, aí perderemos tudo o que temos.

“… Era um prazer raro poder observá-la assim, em repouso, com o rosto descontraído e inexpressivo. Normalmente, aquele rosto estava sempre em movimento, rindo-se, contraindo-se, fazendo pequenas caretas, exprimindo surpresa, cepticismo ou compaixão. A sua expressão mais habitual era de um ligeiro sorriso alegre, como o de um rapazinho traquinas que acaba de pregar uma partida particularmente divertida. Só se apresentava assim, tal como a via, enquanto dormia ou quando imersa em profundos pensamentos. …” (Ken Follett, in “O Vale dos Cinco Leões”)
Muito se consegue ver da pessoa com quem dormimos enquanto a observamos durante um sono descansado. Muito se vê numa expressão descontraída, dum sorriso inerte e distante de emoções reais, mas muito mais que tudo, simples e puro, que nos encanta e conforta, esperando que acorde e prolongue essa expressão de simplicidade e satisfação.
A inspiração está entre outros factores, directamente relacionada com as condições climatéricas do dia-a-dia. Assim, há dias de sol, dias encobertos, dias frios, dias quentes e dias de chuva. Porque será normal que os dias de sol sejam quase sempre associados a dias de grande inspiração? Porque será que os dias de sol são sempre identificados como dias belos e inspiradores? Há quem diga: “Que belo dia está hoje!” pelo simples facto de não haver nuvens e o sol reinar com toda a sua pujança? Será igual para todos? – Não, não é! Para mim, não há nada mais vigorante e inspirador que uma manhã bem fresca e prometedora de chuva, muita chuva, com toda a sua grandiosidade e fervor. Isso sim, são dias inspiradores, dias que me fazem sorrir, andar bem disposto e ter ideias que mais nenhum dia tem a capacidade de me proporcionar. Anseio pelo Inverno e por todas as coisas que dele advêm, mas contentar-me-ei por enquanto pelo Outono, que chega amanhã!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quando criança, sonhava viajar
Horas a fio passava a velejar
Em barcos imaginários
Por ondas temerárias
Estendia velas ao vento
Assim passava o tempo
Hoje com alento
Desses tempos risonhos
Do prazer de velejar
Em âmagos pensamentos
Continuo a navegar
Por mares mais sossegados
E outros sonhos alados

127 Horas

Sei que não podia, nem teria como o fazer, pois o filme nem sequer estreou em Portugal, mas tive o prazer de o ver esta tarde na comodidade da minha casa, sentadinho no sofá e com um aquecedor por perto.
Não há muito tempo enquanto assistia ao “Sobrevivência”  no Discovery Channel ouvi a história de um jovem aventureiro que ficou preso num desfiladeiro cerca de cinco dias, ficando com uma mão presa numa rocha, pendurado sem comida, sem água e sem qualquer possibilidade de auxílio humano externo, só conseguindo libertar-se cortando a própria mão que o aprisionava, nunca imaginando que tal saga fosse usada para a produção de um filme.
Hoje fui convidado para assistir a uma sessão caseira e sem saber muito bem para o que ia deparei-me com esta história de coragem, ultrapassando muitas vezes a linha do real, levando a personagem a passar por delírios, recordações e premonições, fazendo-me pensar e reflectir sobre algumas incursões aventureiras que ainda faço, mas há muito aprendi não fazer sozinho e sem dar a conhecer o destino das mesmas.
Vejam o filme e reavaliem as vossas proezas solitárias.


A vida são dois dias

“A vida são dois dias” é uma expressão com a qual todos nós nos familiarizamos durante todo o nosso crescimento.
Se efectivamente a vida são dois dias e resume-se unicamente ao pequeno espaço temporal compreendido entre o nosso nascimento e a morte, por que quase todos nós não o sabemos valorizar e desfrutar plenamente?
Assim, passamos o primeiro dia a lamentarmo-nos da nossa existência, a culpar os outros pelos nossos desaires, a fazermo-nos de vítimas pelos erros que podemos evitar, a pedir desculpa pelos enganos cometidos, a tomar decisões irreflectidas que acometem sentimentos penosos nos outros, ou então fazendo o mal de forma deliberada, orquestrando esquemas maliciosos e mordazes, com os únicos intuitos de opulentar o nosso ego, não olhando a meios a fim de atingir os nossos objectivos, criando sofrimento nos outros.
O segundo dia, é passado maioritariamente a deliberar sobre as atitudes tomadas no primeiro, a comer frutos amargos plantados anteriormente e lambendo feridas das lutas dispensáveis em que entrámos, deixando unicamente uma pequena porção do resto das nossas vidas para viver na sua plenitude, aproveitando tudo o que de bom vem com ela,  que são a nossa família próxima, os verdadeiros amigos, os sentimentos nobres a que temos direito e os hábitos diários que nos dão prazer físico e mental.
Assim e como já alguém disse: “sejam felizes e façam alguém feliz”, pois "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."