terça-feira, 29 de março de 2011

Battle: Los Angeles

Há uns tempos atrás publiquei este trailler, mostrando então uma grande efusão e emoção por este filme, pois, pelo que publicitam, este seria um grandioso espectáculo, cheio de acção e soberbos efeitos especiais, com mais uma batalha sobre-humana contra ataques alienígenas ao nosso planeta azul.
Ontem lembrei-me de novo e procurei na internet a data de estreia da película em terras lusas, pois não queria de todo perder tal evento, nem que para isso tivesse que despender duns preciosos euritos, pois a razão estaria de todo justificada, no entanto, nada encontrei sobre o assunto aqui pelos Al-garb’s.
Assim, e por o tema se justificar, consultei um amigo que é “barra” no assunto de ficções cientificas, filmes e series desta matéria, tendo o mesmo dito já ter visto o filme, tendo-o comprado há uns dias a custo “zero” na internet e perdido o seu precioso tempo a vê-lo, pois e segundo este, o filme é uma pura “americanice”, com um trailler grandioso, mas com um conteúdo vergonhoso e estéril, comparando-o ao pior filme que alguma vez havia visto, mas multiplicado por cem.
Por isso e pela primeira vez em relação a qualidades cinematográficas, vou confiar na opinião alheia, e, nem de graça vou assistir a tal filme.


segunda-feira, 28 de março de 2011

Numa altura em que a crise nos invade por todo o lado parece que nos esquecemos o porquê de esta existir. Anterior à dita crise monetária existe sobretudo a crise de valores. Os valores que se vão perdendo quando achamos que o que temos, ainda que precário, é suficiente. Esta ideia faz com que não nos preocupemos com o que vem por aí nem sejamos minimamente ambiciosos para andar um bocadinho mais para frente. Vamo-nos habituando e nitidamente andamos cá por ver andar os outros. Preocupamo-nos unicamente em obedecer à rotina. Ora é aqui que entra a crise propriamente dita, aquela, a monetária. Quando esta chega e nos altera a rotina o que é que fazemos? Descobrimos que existe um ser mal disposto dentro de nós que culpa essencialmente os outros por aquilo que nos afectou. Pois é! Reclamamos e voltamos a reclamar porque achamos que temos direito. E temos direito a quê? Contribuímos com o quê para termos direito? Limitamo-nos a existir e evoluir que é bom nada! Agora claro está, quem está a ler, a dizer eu não sou assim! Não?  Quando foi a ultima vez que fez alguma coisa pelos valores, pela honra, sem ser por dinheiro? Pois é afecta-nos a todos! Tenho pena que numa sociedade em crise não se pense que devíamos começar por incutir valores mais humanos e menos monetários. A boa educação, o saber estar, o saber ouvir e sobretudo o saber perdoar são riquezas de uma sociedade com projecção vencedora. E, numa sociedade vencedora o dinheiro valoriza e cresce a par com outros valores. Quando não é assim é efémero.
Celeste Silva

Elações


O “Ser Humano” é o único animal à face da terra que, tendo a plena consciência de por vezes o faz de forma pouco saudável, bebe ser ter sede, come ser ter fome e dos poucos que copula sem a única intenção ou objectivo de procriar.
Além destas nobres particularidades, o Homem é com certeza a única “Besta” capaz de despender energias com o intuito de prejudicar o próximo, sem que isso lhe alimente remorsos ou estrague uma bela noite de sono.
Muita gentinha tem o hábil talento de se deitar à noite e acordar pela manhã com um só pensamento ou objectivo: ascender a qualquer custo, nem que para isso tenha que espezinhar qualquer pessoa ou ultrapassar dubiamente qualquer obstáculo que se lhe depare, evitando desta forma vários degraus da sua “cadeia alimentar” e de forma obstinada, chegar a um topo ou se destacar entre iguais.
Valha-nos o facto de nem toda a gente ser assim, de existir gente brilhante capaz de chegar à conclusão de que não é necessário esforçarmo-nos para que sejamos pessoas distintas, bastando somente que não deixemos de o ser, não sendo o respeito pelo próximo  uma obrigação, mas sim um conjunto de acções,  pensamentos e sentimentos naturais intrínsecos em cada um de nós.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Corridinha na Praia do Barril, com um dia de sol formidável e uma temperatura agradável, aliado a uma maré baixa e um areal extenso e deserto.

domingo, 20 de março de 2011

Angel-A

Ontem, já tarde e enquanto fazia um valente Zapping na televisão, deparei com este filme.
Inicialmente e na dúvida, fui vendo mas com a constante ideia de que estaria a desperdiçar precioso tempo de sono ou que estaria e perder qualquer coisa de melhor em outro qualquer canal.
Tive uma enorme surpresa com esta película francesa, em preto e branco e com o formidável Jamel Debbouze que já conhecia de outros filmes como “O Fabuloso Destino de Amélie”, “Astérix nos Jogos Olímpicos e Missão Cleópatra ” ou nos “Indigènes”, tendo aqui um desempenho fenomenal, contracenando com a belíssima Rie Rasmussen com os seus 1,78 m de altura, aqui num papel de anjo, mas com todas a vícios mundanos de uma mulher fatal.
O filme decorre na bela Paris, conta a história de "André" e dos seus infortunados envolvimentos com o mundo do crime e apostas da capital francesa, que, em desespero o levam a decidir afogar-se no “Sena”.
Já no parapeito de uma ponte descobre ao seu lado e com os mesmos intuitos uma belíssima mulher que o acompanha em todo o filme, mostrando-lhe o mundo e as pessoas de outra perspectiva.

quinta-feira, 17 de março de 2011

As amantes do PM


-Esta situação governamental, esta aparente crise politica e estas desculpas enunciadas pelo nosso Primeiro Ministro aos impedimentos e contrariedades criadas pelo PSD, fazem lembrar aquela história do marido, que em desespero por arranjar forma ou justificação para deixar a mulher e ter um divórcio sereno, sugeriu à esposa a ideia de arranjar uma amante, e, que com esta mantivessem uma harmoniosa relação a três, alegando ser esta a única e derradeira forma de salvar o casamento.
-Caso a esposa recusasse tal sugestão, imputar-lhe-ia a culpa pelo fracasso na sua relação, saindo o marido de forma airosa e triunfante, com as justificadas desculpas de não lhe deixarem alternativas ou que lhe impediram de fazer o que é certo ou possível para salvar o casamento.
-Resta-nos unicamente aguardar, que marido esta senhora despeitada arranjará a seguir para com ela se deitar, e, que amantes virão no futuro para justificar outros insucessos.
Se a quantidade de tempo que se passa a conversar com alguém fosse proporcional à quantidade de asneiras que se podem ouvir, o melhor seria optar pelo silêncio!

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia da mulher....

Deixo a minha sincera homenagem às mulheres, pois elas são tudo na nossa vida, sem elas seriamos uns coitadinhos neste mundo!
Elas estão lá quando precisamos (e quando não precisamos), estão ao nosso lado para nos ajudar (e para complicar), existem para nos dar a mão (e para nos baterem com ela), mas principalmente para... nos completarem e aturar as nossas loucuras e lacunas (que são muitas), para nos darem à luz, alimentar, vestir, alimentar e cuidar.
Coitados de nós sem elas, pois elas… são grandes (grandiosas).

sexta-feira, 4 de março de 2011

“A Vida num Sopro”

Atrás das filas de gente, as colunas de fumo riscavam o horizonte como vulcões activos, os fios negros de fuligem a ziguezaguearem na vertical até se fundirem no tecto branco-cinza das nuvens; ouviam-se detonações longínquas, o tiquetaque remoto do tricotar das metralhadoras, os estampidos fracos do ocasional tiroteio, o enervante zumbido dos aviões no seu bailado celeste. Eram as notas da estranha sinfonia dos homens em fúria, a raivosa cacofonia de morte e destruição que abalava aquele dia cinzento e triste Inverno na Catalunha.”




-“A Vida num Sopro” de José Rodrigues dos Santos, foi um dos romances mais bonitos que tive o prazer de ler.

-Fez-me pensar que afinal, as “direcções” da vida não passam unicamente por escolhas por nós tomadas, “uma carreira ou carruagem que se perde, um sim, um não” , mas também que é possível não tomarmos de maneira nenhuma as rédeas do nosso destino, que não passamos de marionetas das circunstancias, que a verdade muitas vezes não pode ser revelada, e que,  a morte é por vezes a única forma de pacificar o destino de quem amamos.

-José Rodrigues dos Santos consegue cativar qualquer leitor, prender a atenção na sua escrita, e, fazer com que alguém leia este livro num único dia!

-Venha o “Anjo Branco”.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Os Télélés nas nossas vidas

Desde que foi criado e espalhado por toda a gente, o telemóvel faz parte da nossa vida.

Há não muito anos atrás, por razões profissionais, o meu Pai idealizava uma forma rápida e económica de comunicar de grandes distâncias com a nossa casa, existindo unicamente nessa altura os Rádio CB, no entanto e por razões geográficas as transmissões perdiam-se pelo caminho, não logrando o intento de falar com a minha mãe sempre que necessitava.

Nesse tempo fantasiava-se a hipótese de dispor de um aparelho de reduzidas dimensões, que com o qual fosse possível falar de qualquer lugar para todo o sítio, com a maior comodidade e com o máximo de qualidade de som, sem perda de informação, mas tal ideia, só pela simples necessidade da existência de aparelhos repetidores de frequência espalhados por tudo quanto é sítio, tornava a ideia obsoleta ou impensável, continuando este povo a comunicar unicamente por carta e telefones fixos e com as limitações que isso acarretava.

Apesar, de no inicio da década de oitenta ter sido criado o primeiro telemóvel, só alguns anos depois este aparelho chegou a Portugal, custando então pequenas fortunas, sendo acessível a muito pouca gente, chegando somente a alguns elitistas, desfrutando estes desta novidade, muitas vezes não por necessidade mas sim por evidente ostentação.

Muito rapidamente, em Portugal estes aparelhos foram comercializados e quase vulgarizados, sendo os mesmos hoje em dia disponíveis a quase toda a gente a preços ridículos, oferecendo as operadoras de comunicações, pacotes de serviços que permitem ao utilizador comunicar incessantemente por valores fixos, acessíveis a  todos nós.

Aquele aparelho que há uns anos atrás, embora ambicionássemos ter, era então totalmente desnecessário, hoje não é de todo dispensável, pois vivemos constantemente agarrados a ele, pois o dito, dorme connosco, come connosco, viaja connosco, vai à escola com os nossos filhos, acompanha-nos ao cinema, enfim, não passamos sem ele, chegando muitas vezes a entrarmos em quase desespero caso o tenhamos esquecido em casa, só por imaginarmos que alguém nos ligue e não possamos atender, coisa que antigamente não nos inquietava absolutamente nada.

Outra coisa que tenho reparado por todo o lado, é a dependência de muitos jovens em relação aos telemóveis, não sendo de todo invulgar assistir junto a escolas, centros comerciais e outros lugares públicos a marés de miúdos incessantemente agarrados a estes aparelhos, quer seja a conversar, jogar, ouvir música ou a escrever continuamente mensagens escritas, não sendo descabido dizer que passam a vida com o aparelho na mão, como se este foi uma natural extensão ou apêndice dos seus braços ou das orelhas.