quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Linhas numa folha de papel

Há quem diga que a vida é uma linha, mas não! Se fosse uma simples linha não haveria qualquer risco ou emoção, não existiriam oscilações que apimentem a nossa modesta existência neste mundo. Não cometeríamos riscos, não cairíamos, não amávamos as pessoas erradas, não tropeçávamos nos nossos próprios atacadores enquanto correríamos atrás de ideais ilusórios, não poríamos nunca em risco a nossa harmonia emocional ou a dos que nos rodeiam e amam.
A vida é uma folha e não uma linha. Uma folha onde escrevemos a lápis, onde rabiscamos, rascunhamos, escrevemos umas vezes à pressa, outras devagar e meticulosamente, outras vezes apagamos ou tentamos apagar, no entanto ficam sempre as marcas dos erros que cometemos.
O ideal ou fantasioso seria que a vida fosse simplesmente uma linha traçada numa folha de papel, uma linha, não uma reta, uma linha a tinta permanente, com as curvas e traçados necessários, com paragens, com alterações de velocidade mas nunca levantando a caneta, não deixando espaços em branco ou ilegíveis, com traços firmes e bem definidos, mas isso é uma utopia ou ilusão que levamos uma vida inteira atrás, como quem corre atrás de um arco-íris à procura do pote de ouro. Não existe ou alguém roubou há muito tempo.

1 comentário:

  1. :) nada é estático, todos mudamos, a toda a hora... felizmente a nossa essência permanece inalterada.

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