Tive curiosidade em ver quais os meus posts mais visitados aqui no Hydra, quando, sem grande admiração verifiquei que estes são exactamente os “A vida é uma “Couve”” e “A vida são dois dias”, depois pensei na razão desse facto, julgando inicialmente ser devido à minha maneira de escrever ou eventual inspiração pessoal no momento em que o fiz, mas não…
Constatei então que ambos falam de um bem precioso, bem esse que não é nada mais que o curto período de vida terrena de que dispomos. Que tocam num assunto melindroso, daquilo que fazemos na nossa vida e com ela, dos nossos erros, das nossas decisões, das nossas culpas e das que imputamos diariamente aos outros, e, daquilo que colhemos do que plantamos, atestando que de boas sementeiras colhemos bons frutos e que do mal que possamos fazer nada de produtivo resultará.
Hoje, disse o último “adeus” a um amigo, uma pessoa querida por todos os que o rodeavam, e à maneira de cada um, todos sofreram a sua partida, à maneira de cada um, todos pararam para pensar na vida, na insignificância que somos e ao mesmo tempo na importância que podemos ter para algumas pessoas que nos rodeiam e fazem parte da nossa vida, da nossa pequena redoma.
Hoje, parei para pensar que vivemos desatentos da vida, que não vemos a essência dela, que vivemos de olhos fechados, que por vezes é preciso uma bofetada para os abrir, mas mesmo abertos nunca ficam nesse estado por um tempo suficientemente longo para enxergar a luz que nos é diariamente oferecida e que simplesmente não desfrutamos, que não chega para ver o essencial da nossa existência.
“Há sempre alguém que nos ama”, que nos quer por cá e por perto, e, nunca desistir é mote da nossa existência, há que colher cada couve no seu tempo, há que desfrutar cada gosto e paladar oferecido, mesmo que seja azeda, pois com isso só aprendemos no futuro a escolher as mais saborosas.
Afinal, a vida não são mais que dois dias mas chegará certamente para ver crescer e degustar uma bela, gostosa e nutritiva couve!
Como alguém dizia incessantemente “…sejam felizes e façam alguém feliz…”.
Gosto da forma como escreves e anseio que a transfiras para os textos que me entregas diariamente. Sei que é diferente, mas gosto de ver o cunho pessoal de todos aqueles que me rodeiam e fazem parte da minha vida, decisões, alegrias, desilusões, enfim me permitam perceber que aqui estou. Fez ontem precisamente 1 mês que esse… alguém nos abandonou, achou que seria melhor viver sem nós...a atitude dele irá condicionar o nosso futuro, com ela aprendi a olhar para o lado, para trás e não dar tanta importância ao que aí vem, pois amanhã alguns de nós poderão não se encontrar cá.
ResponderEliminarObrigado pelo contributo.
ResponderEliminarDeveríamos aprender a olhar em todas essas direcções sem que esse acto fosse motivado por acontecimentos desta natureza. Mas somos humanos e temos que nos adaptar a essas vicissitudes.