sábado, 1 de outubro de 2011

“Há sempre alguém que nos ama”

Tive curiosidade em ver quais os meus posts mais visitados aqui no Hydra, quando, sem grande admiração verifiquei que estes são exactamente os “A vida é uma “Couve”” e “A vida são dois dias”, depois pensei na razão desse facto, julgando inicialmente ser devido à minha maneira de escrever ou eventual inspiração pessoal no momento em que o fiz, mas não…
            Constatei então que ambos falam de um bem precioso, bem esse que não é nada mais que o curto período de vida terrena de que dispomos. Que tocam num assunto melindroso, daquilo que fazemos na nossa vida e com ela, dos nossos erros, das nossas decisões, das nossas culpas e das que imputamos diariamente aos outros, e, daquilo que colhemos do que plantamos, atestando que de boas sementeiras colhemos bons frutos e que do mal que possamos fazer nada de produtivo resultará.
            Hoje, disse o último “adeus” a um amigo, uma pessoa querida por todos os que o rodeavam, e à maneira de cada um, todos sofreram a sua partida, à maneira de cada um, todos pararam para pensar na vida, na insignificância que somos e ao mesmo tempo na importância que podemos ter para algumas pessoas que nos rodeiam e fazem parte da nossa vida, da nossa pequena redoma.
            Hoje, parei para pensar que vivemos desatentos da vida, que não vemos a essência dela, que vivemos de olhos fechados, que por vezes é preciso uma bofetada para os abrir, mas mesmo abertos nunca ficam nesse estado por um tempo suficientemente longo para enxergar a luz que nos é diariamente oferecida e que simplesmente não desfrutamos, que não chega para ver o essencial da nossa existência.
            “Há sempre alguém que nos ama”, que nos quer por cá e por perto, e, nunca desistir é mote da nossa existência, há que colher cada couve no seu tempo, há que desfrutar cada gosto e paladar oferecido, mesmo que seja azeda, pois com isso só aprendemos no futuro a escolher as mais saborosas.
            Afinal, a vida não são mais que dois dias mas chegará certamente para ver crescer e degustar uma bela, gostosa e nutritiva couve!
            Como alguém dizia incessantemente “…sejam felizes e façam alguém feliz…”.

2 comentários:

  1. Gosto da forma como escreves e anseio que a transfiras para os textos que me entregas diariamente. Sei que é diferente, mas gosto de ver o cunho pessoal de todos aqueles que me rodeiam e fazem parte da minha vida, decisões, alegrias, desilusões, enfim me permitam perceber que aqui estou. Fez ontem precisamente 1 mês que esse… alguém nos abandonou, achou que seria melhor viver sem nós...a atitude dele irá condicionar o nosso futuro, com ela aprendi a olhar para o lado, para trás e não dar tanta importância ao que aí vem, pois amanhã alguns de nós poderão não se encontrar cá.

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  2. Obrigado pelo contributo.
    Deveríamos aprender a olhar em todas essas direcções sem que esse acto fosse motivado por acontecimentos desta natureza. Mas somos humanos e temos que nos adaptar a essas vicissitudes.

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